terça-feira, 28 de julho de 2009

o entrevistado disse, na entrevista: [ james martins]


o entrevistado disse, na entrevista:

sim
ela é um inteiro de mau caminho
o meu enfarto fulminante
o meu inferno de dante
a minha sim rosa só espinho
pó de pimenta-cominho
sim
a minha bomba H
a minha hora H
meu HCE o meu H²O
meu homem com H
sim meu THC
ela é meu Hard core
a minha bomba de cobalto
ela é o meu beijo no asfalto
é sim o meu si-melhor
é ela o meu peste-seller
a minha cássia eller
a minha rosa só perfume
humano sim demasiado humano
meu mau costume
ela é a pedra no meio do caminho do itabirano
a minha capitu
a minha molly bloom
câncer q vem no bronze
sim
ela é um sol negro de massa escura
do livre arbítrio minha ditadura
ela está perto qdo estou longe
ela ao certo sei q será o meu fim
mas meu coração dispara tiros de revólver
e sim eu disse sim eu quero sim

james martins


outros poemas:



edifício belem.

nota biográfica do poeta (por ele-mesmo):

James Martins é um poeta baiano sem livros publicados. Com o recital-show pós-nada, modificou o modo de dizer poemas e também a mentalidade diante da poesia em Salvador, a partir de 2002. Merecendo atenção de alguns, como Augusto de Campos, que considera sua leitura de Pós-Tudo a melhor crítica feita ao poema. Sob encomenda, escreveu o ensaio ‘contemporaneidade brasileira: o – atrás o + adiante’, que saiu como apresentação da coletânea ‘Contemporaneidade: poesia e prosa’ (Ed. Omnira - 2006). Escreveu por conta própria o mini-compêndio VANESSA MORAES ou VINÍCIUS REVÉM, onde aproxima tendências nacionais conflitantes e indispensáveis; publicado em seu blog. Esteticamente utiliza de diversas técnicas e temáticas: sem rejeitar o verso, o perverso, o lirismo, o concretismo, a tecnologia ou o artesanal. Mas despreza a palavra ‘eclético’. Preferindo falar em ‘lógica radical de todas as perspectivas’. Ou pós-nada. Ou Desestilo.







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